terça-feira, 7 de setembro de 2021

Guia politicamente incorreto de sobrevivência no ensino superior

 

Guia politicamente incorreto de sobrevivência no ensino superior -parte 1





Enfrentar o ensino superior no Brasil sem ser, ou se tornar, esquerdista é um desafio árduo, e que exige dedicação, resiliência, e muuuuuito auto-controle. Para tentar ajudar, resolvi escrever um Guia Politicamente Incorreto de Sobrevivência no Ensino Superior no Brasil.


O guia foi construído com base nas minhas experiências, e nos diversos relatos e histórias que recebo de amigos e colegas diariamente. O objetivo do guia é auxiliar você a lidar com as criaturas e situações esquisitas que você encontra no ensino superior, e sobreviver a tudo isso sem se desgastar (muito). Como os cenários são demasiadamente complexos, dividi o guia em algumas partes que serão postadas aqui ao longo dessa semana. Hoje farei uma introdução, falando do ambiente universitário.

O ambiente universitário:


Depois de muitos dilemas sobre sua vocação e sobre qual curso escolher, você finalmente passou no vestibular e está ansioso para começar o curso. Pare. A menos que você seja masoquista, não há motivo algum para estar ansioso. O ambiente universitário brasileiro é extremamente insalubre, vai te cansar, e em muitas ocasiões você vai sentir vontade de fazer um curso técnico ou ir fazer qualquer coisa que não exija um diploma. E não vou mentir, todo o esforço e dedicação pode não valer a pena. Mas pode ser que valha. Depende de você, da sua postura, e de ter maturidade para não esperar demais da Universidade.

Como se preparar para enfrentar esse período difícil de pelo menos quatro anos? Sabendo o que te aguarda. Para isso, entender o ambiente universitário e suas figuras é essencial. Você vai entrar na selva dos tipos mais esquisitos com situações totalmente inusitadas. Paredes com pichações, greves, protestos sem sentido, e muitos hippies sujos serão agora parte do seu dia-a-dia. Se você pretende abrir a boca durante as aulas (ou mesmo nos corredores), acostume-se a ser chamado de coxinha, careta, fascista, tucano, e etc. 


É preciso entender que as chances são de que você não aprenda nada na faculdade.


Os professores, em sua maioria, não estão interessados em te ensinar nada, apenas em te doutrinar. A maior parte dos alunos são analfabetos funcionais. Os conteúdos dados não vão te preparar em nada para o mercado de trabalho. Você só vai conseguir crescer nesses quatro anos se for atrás por conta própria. Não pense por um minuto sequer em se acomodar. Sentar na carteira e ouvir seu professor não vai te ensinar nada. Aliás, esse ambiente deprimente tem tudo para te emburrecer se você não fizer algo a respeito.

 

Então, como evitar que seu QI diminua dia após dia? Você terá que assumir uma postura ativa e dedicada. Muita leitura será necessária. Todo mundo diz isso, afinal, os professores universitários adoram passar textões para os alunos, mas você não é um aluno qualquer, você deu o azar de ser uma pessoa decente e de direita, então você terá que ler tudo que o professor passa e ainda buscar leituras que desmentem tudo aquilo. Você terá que descobrir quais autores na sua área não são de esquerda, e eles se tornarão sua bibliografia básica.


Você também terá que ter muita paciência, pois você é um estranho destro num ninho sinistro. Esquerdistas não são tolerantes com quem discorda deles, então é preciso que você esteja pronto para sofrer perseguições.

E se acha que isso é exagero, saiba que conheço alunos que foram expulsos do curso por causa de seus posicionamentos, alunos que foram atacados verbal e fisicamente (sim, fisicamente) por professores, e até alunos que entraram em depressão por receberem ameaças constantes devido a seus posicionamentos ideológicos.


Mas não se preocupe, é possível sobreviver a tudo isso e sair da universidade com seu diploma e sua sanidade mental (ou ao menos um pouco dela).

Ao longo do Guia iremos tratar dos personagens folclóricos que habitam no ambiente universitário brasileiro e veremos modos de superar os desafios desse meio. Começaremos amanhã, falando sobre como lidar com os temidos professores esquerdistas. Até amanhã. Beijinhos!

Guia politicamente incorreto de sobrevivência no ensino superior - parte 3






Seguindo nosso Guia politicamente incorreto de sobrevivência no ensino superior, hoje falaremos dos tipos de militantes que você encontrará na universidade e como lidar com eles. Lembrando que esse guia é politicamente incorreto, então, por favor, não perca seu tempo me chamando de preconceituosa, careta, coxinha e etc.

A feminazi


A feminazi é um ser mitológico que se alimenta das lágrimas masculinas. Na teoria, a feminazi diz defender a igualdade entre os sexos, mas, na prática, defende a superioridade do sexo feminino. Possui um ódio profundo por tudo que tenha qualquer conotação masculina, pois atribui ao homem a culpa de todos os problemas de suas vidas. Assim como os nazistas, feminazis são extremamente dogmáticas e intolerantes com aqueles que discordam delas. Rejeitam a participação dos homens em debates e, apesar de se dizerem defensoras da liberdade das mulheres, atacam qualquer mulher que discorde delas. Dizem querer igualdade, mas esperam tratamento especial às mulheres. Usam o sexo feminino para justificar sua preguiça, vitimismo, e traumas psicológicos. Para elas, discriminação contra mulheres é sexismo, mas discriminação contra homens é igualdade. Acreditam que todo homem é um estuprador em potencial, e acham que o conceito de estupro é absurdamente elástico (por exemplo: olhar pra ela pode ser estupro). A espécie passa horas de seu dia defendendo o aborto e geralmente tem sovacos e pernas cabeludos, cabeça meio raspada (ou cabelos despenteados), roupas vulgares e piercings.  Para entender melhor essa espécie, conheça algumas de suas frases aqui.

Exemplo da tolerância feminazista.



Como lidar?

Não espere nada racional ou lógico vindo de uma feminazi. Também não espere que ela saiba separar um debate de idéias de uma conversa pessoal. Ela vai levar tudo para o lado pessoal, de modo extremamente emocional. Todos os seus comentários serão considerados sexistas, ofensivos e inapropriados. Então, se uma feminista iniciar um debate você tem algumas opções: mantenha a calma, finja-se de morto ou, se for homem, você pode dizer que por dentro é mulher trans, pois aí ela não pode te oprimir e deve te deixar pensar e dizer o que você quiser. Tentar alertá-las para a diferença entre direitos iguais e superioridade feminina não funcionará. Não importa qual seja o seu argumento, ela sempre dirá que você discorda dela por ser homem, ou por ser uma mulher machista. Para entender melhor a forma violenta como a feminazi age e sua nova tática para desqualificar argumentos contrários, vale a leitura desse artigo.

O hippie-vegano


O hippie-vegano atribui todos os males do mundo à desconexão do homem com a natureza. Ele vê o homem como uma espécie predadora que viola os direitos dos pobres animaizinhos. É esse o seu objetivo de vida: garantir os direitos dos animais. O hippie-vegano acredita que quem come animais pratica um preconceito chamado "especismo". Apesar de serem esquisitos, os hippies-veganos geralmente são pacíficos. O problema mesmo é quando além de serem veganos, eles assumem a postura de chatológicos. Nesse nível o hippie-vegano não apenas não quer que as pessoas comam carne, mas quer fazer com que o mundo todo mude e só faça o que ele acha "sustentável". Aí eles têm idéias geniais como acabar com super-mercados para que cada um tenha uma horta em casa e produza seus próprios alimentos, ou abolir os carros. Idéias maravilhosas, né? Só pode da certo. Seu habitat natural é um cantinho sujo onde ele possa sentar com outros hippies-veganos e fazer "arte" de miçangas pra vender.

Essa é a idéia do vegano.

“Nossa, você está comendo esse frango só porque ele não é humano? Isso é preconceito com frangos. Eles também sentem. Coitado do frango. Você é opressor e vai destruir nosso planeta.” - Hippie-vegano


Como lidar?
É relativamente fácil lidar com o hippie-vegano: basta não aceitar o artesanato que ele vende.

 

O maconheiro


O maconheiro é um ser curioso, que se julga muito descolado e que crê que todos os problemas do mundo serão resolvidos com a liberação da maconha, quando não de todas as drogas. Estão sempre cheirando à maconha, com um cigarro no bolso, outro na boca, outro no umbigo, e onde mais couber. O maconheiro tem aversão à polícia e fica com medo até de ambulância (afinal, tem sirene). A espécie possui olhos eternamente vermelhos (que muitas vezes tenta disfarçar com óculos escuros), dreads no cabelo, e costuma pedir 2303490 salgados na cantina para matar a larica. O maconheiro fuma há 30 anos, todos os dias, e acredita que não está viciado. Também acredita que a maconha não influencia em nada sua capacidade de raciocínio, mas, quando tenta explicar os motivos, ele esquece do que estava falando. Seu habitat natural varia entre algum cantinho onde possa fumar em paz, a marcha da maconha, e ocasionalmente a favela onde compra a droga.

O maconheiro usa "só" sempre que o raciocínio falha.

Como lidar?
O maconheiro normalmente está ocupado demais fumando, então não gosta de debater. Mas se o assunto for polícia no campus, se prepare, pois ele virá com tudo. Ele também debate, é claro, a legalização da maconha, com o famoso argumento de que maconha é menos pior do que álcool e cigarro. Para vencer o debate basta usar palavras difíceis e frases longas, pois isso deixará o maconheiro confuso, e ele irá finalizar a conversa dizendo "sóóó". 

O ateu fanático


O ateu fanático não está feliz em ser ateu, ele tem que abrir os olhos do mundo para os "males da religião". Todo e qualquer problema do mundo pode ser atribuído ao fato de que a religião criou dogmas que levaram as pessoas a agirem e pensarem do modo errado. Eles adoram ofender cristãos, mesmo que nunca tenham lido a Bíblia (nem sequer assistiram aqueles desenhos do SBT sobre Jesus). Dawkins é o Papa/deus dos ateus fanáticos, portanto, a maior ofensa do mundo é falar mal dele.

Dawkins: o Papa/deus dos ateus militantes.

Como lidar?

Essa espécie adora debater, provocar, e encher o saco. Seus argumentos são sempre cheios de "ciência" que sai na Superinteressante. O ateu fanático chama religiosos de doentes, mas não conhece a Bíblia e nem a doutrina cristã, o que o leva a falar muita besteira. Esse é um desafio grande ao debater com ateístas: não se irritar com sua ignorância completa sobre religião. Você pergunta se ele leu a Bíblia e ele dirá que não, pois é um livro de fábulas teístas. Então você pergunta como ele pode criticar o cristianismo sem conhecê-lo e ele dirá que o cristianismo é baseado em falácias. E seguirá nesse eterno loop de ignorância e intolerância. Para saber mais sobre o que esperar de um ateu militante, indico esse texto.

O isentão


Confesso que esse é meu tipo preferido de militante. O isentão é engraçadíssimo, pois a base de tudo que ele defende é não defender nada, quando o que ele faz na realidade é defender a esquerda enquanto assume o rótulo de "equilibrado". A diferença básica entre o isentão e o esquerdista é que o esquerdista assume o rótulo e fala abertamente que é de esquerda, enquanto o isentão diz que é "de centro". O isentão adora falar, com ares de poesia, que não é de direita, nem de esquerda, é pra frente. Ele não é contra, nem a favor, não nega, nem confirma, e também não é petista mas... E depois do "mas", vem uma defesa ferrenha de tudo que a esquerda defende. O isentão representa um tipo novo de militante esquerdista, que acredita ser neutro. Ele foi tão doutrinado que não consegue sequer conceber que seja doutrinado. 

O slogan do isentão foi muito utilizado nos protestos de 2013.

Como lidar?
O isentão não gosta de debates. Ele gosta de frases de efeito, e se você argumentar ele dirá algo como "você tem direito de pensar assim, eu respeito, mas discordo". Tudo isso porque o isentão não tem profundidade teórica, e tem vergonha de defender abertamente a revolução, pois na maioria das vezes ele vem de família rica e adora usufruir das maravilhas do capitalismo. Para vencer um debate com ele, primeiro é preciso mostrar-lhe que ele está defendendo a esquerda, ainda que não consiga perceber isso. Em seguida, você deve seguir os mesmos passos de um debate com o esquerdista: mostrar as falhas de pensamento e incongruência com a realidade. Em suma, é preciso ter paciência, mas o isentão não é um caso perdido, pois ele ainda tenta apelar ao bom senso (ainda que não saiba direito o que é bom senso).

O Zé-DCE


O militante de DCE é uma espécie que adora Marx, mesmo que a maioria nunca tenha, de fato, lido Marx. Mas ele ouviu o que o professor esquerdista falou de Marx, e pra ele isso basta. Ele acredita que a revolução está chegando, e depende dele fazer com que ela aconteça. Para mudar o mundo, ele precisa conquistar o DCE, pois a partir daí ele terá poderes supremos para salvar a humanidade das garras do capitalismo. Ele não estuda, e raramente aparece na aula, exceto quando é pra pedir para "dar um recadinho" que vira uma palestra enorme sobre como a Universidade é elitista e capitalista, e como ele tem a receita perfeita para mudar isso. Há várias facções dentro desse grupo de militantes, como o Juntos, a juventude do PT, a juventude do PC do B, a juventude do PSOL, juventude do PSTU, e toda variação de juventude partidária. Curiosamente, apesar do termo "juventude" ser usado por eles, o Zé-DCE geralmente não é jovem, pois muitos são pagos pelos partidos para serem "universitários profissionais", e permanecem na universidade pra sempre, seja trocando de curso ou reprovando em tudo. A formatura não é o objetivo do Zé-DCE na universidade, mas sim a conquista do DCE para depois fazer a revolução. Para encontrar o Zé-DCE você deve procurar em seu habitat natural, que é o protesto, a ocupação e a greve --- basicamente, qualquer muvuca que reclama do capitalismo opressor. Cuidado, pois em época de campanha para o DCE esse militante se torna especialmente arisco.

Temos aqui vários Zé-DCE em seu habitat natural.

Como lidar?

Nas raras ocasiões em que vai à aula, o Zé-DCE quer "fomentar o debate", o que significa na verdade falar o que ele pensa para doutrinar os coleguinhas o máximo possível. Suas pautas são as típicas do militante esquerdista: aborto, desmilitarização da polícia, fim do capitalismo, e revolução já. O Zé-DCE é simpático a todos os outros militantes aqui citados: é, ao mesmo tempo, vegano, feminazi, maconheiro, isentão e etc. Ele acha que essas pessoas são todas oprimidas, e, por isso, seu trabalho é defendê-las. Para essa espécie, não existe verdade, exceto se você discordar das idéias dele, pois ele está sempre certo. Não importa qual seja o seu argumento, ele dirá que isso é "relativo", e que essa é "a sua verdade", que você só pensa assim porque é elitista e foi envenenado pela mídia capitalista. Mas vale a pena conhecer as idéias deles, para saber como refutá-las, mostrando para os colegas o quão nonsense e contraditória as idéias do Zé-DCE são. Apenas esteja preparado, tanto intelectualmente quanto psicologicamente. Sim, psicologicamente. Por quê? Por que o Zé-DCE as vezes pode ser violento. Conheço amigos que receberam ameaças de morte por serem de direita e debaterem em sala. Esteja atento e, caso receba ameaças, torne-as públicas: registre ocorrência junto à polícia, procure a coordenação do seu curso, poste no facebook e em demais redes sociais. Não se cale, pois é justamente isso que o Zé-DCE quer. Também entenda bem o que esse militante pensa. Para tanto, você deve conhecer as idéias de Marx e dos pós-marxistas. Faça o que o Zé-DCE não faz, e estude. Para entender melhor o tema, aconselho a leitura desse artigo.

 

Mas de onde sai isso?


É muito difícil conviver com esses vários tipos esquisitos. Mas a maioria dessas pessoas não era assim quando entrou na universidade. Então, de onde sai isso? O que as transforma e as torna assim? Amanhã falaremos sobre alguns valores defendidos por eles, que te ajudarão a entender de modo amplo o embasamento do pensamento dessas pessoas, e como não se deixar contaminar por isso. Até amanhã!

Fonte: https://garotasdireitas.blogspot.com/